A nova ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse hoje que ao mencionar e elogiar os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Alexandre Tombini (presidente do Banco Central) quis passar a mensagem de que não pretende contribuir para criar discórdias na equipe econômica.
Sobre o que chamou de “satanização”, Miriam explicou que quis deixar claro que este grupo de despesas não pode ser tratada em si como ruim, já que nele estão incluídos, por exemplo, o programa Bolsa Família, os gastos na saúde e até a manutenção de rodovias. “É preciso cuidar para não se colocar tudo num saco de gatos, como gastos perniciosos”, disse em entrevista à imprensa.
A ministra afirmou que na gestão fiscal terá que trabalhar com um pé no “acelerador” (que são as obras do Programa de Aceleração do Crescimento) e outro no “freio” (que é o contingenciamento e controle da despesa). Sobre as manobras contábeis para melhorar o resultado fiscal e que têm sido questionadas pelo mercado, Miriam lembrou que 2009 foi um ano de crise e que o cenário de 2010 também “não foi tão azul”, mas disse que o governo “vai escutar a preocupação do mercado com cuidado”.
Ela defendeu prioridade para o Congresso votar o projeto que limita o crescimento dos gastos de pessoal. E também afirmou que o governo pode discutir, mas já está definido o salário mínimo de R$ 540.