O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, esteve no Ministério da Fazenda ontem para concluir, com Antônio Palocci, as contas para desoneração de investimentos em setores como bens de capital, bens de informática, softwares e portos.
Na segunda-feira eles se encontraram e, ontem, participaram de mais uma reunião com técnicos da Receita Federal para decidir quais das iniciativas propostas pelo Desenvolvimento podem ser escolhidas. “O Ministério da Fazenda está fechando as contas de quanto representa cada um desses itens”, disse Furlan.
Segundo Furlan, o ministro Palocci já teria definido quanto da arrecadação pode ser sacrificado em benefício desses projetos. “Mas isso quem vai anunciar é o ministro Palocci”, comentou, dizendo-se satisfeito com o resultado. “Acho que é um bom começo.”
Furlan também comemorou, antecipadamente, a votação do Programa de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos para o Setor Industrial (Modermaq), na reunião de hoje do Conselho Monetário Nacional (CMN). “Foram quatro meses tendo o dinheiro, tendo a decisão política, mas tendo um retrabalho, refazer, um reanalisar. Mas o importante é que amanhã (hoje) termina a novela do Modermaq.”
Será a terceira vez que o tema Modermaq entra na pauta do CMN. Nas reuniões anteriores, o Modermaq teve a votação adiada por “problemas burocráticos”.
O programa de incentivo foi anunciado em março, junto com as medidas da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior. Nesses quatro meses, ficou perdido pelos corredores da burocracia. A linha de financiamentos, a ser administrada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conta com recursos de R$ 2,5 bilhões, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A taxa de juros, tema da reunião do CMN, que foi proposta inicialmente, é de 14,95% ao ano.