Os ministros da Fazenda, Guido Mantega; e o do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, negaram, por meio de suas assessorias de imprensa, que tenham feito pressão para transferir o estaleiro Jurong, que começou a ser construído no Espírito Santo, para o litoral norte do Rio de Janeiro.

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Mantega disse que quer que as sondas do estaleiro sejam entregues para a Petrobras no prazo determinado. Já Pimentel afirmou que recebeu representantes da empresa em Brasília, mas para discutir a ampliação de investimentos no Brasil e não a retirada do empreendimento no Estado.

Nos últimos dois dias, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e parlamentares da bancada capixaba denunciaram a pressão do governo federal para retirar o estaleiro Jurong do Estado e levá-lo para Campos, no Rio de Janeiro, para beneficiar negócios do empresário Eike Batista.

Segundo informou à reportagem o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), o embaixador do Brasil em Cingapura, Luís Fernando Serra, teria relatado ao secretário de desenvolvimento do governo do Estado que estava agindo por orientação de Mantega e de Pimentel para propor à empresa Jurong a transferência do estaleiro.

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Ferraço cobrou uma apuração rápida do Ministério das Relações Exteriores sobre o envolvimento do embaixador. Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), Ferraço fez uma nesta quinta-feira uma reclamação formal ao ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota. “É algo gravíssimo”, disse o senador. “Jabuti em árvore ou foi enchente ou tem uma mão”, acrescentou.

O empreendimento no estaleiro é avaliado em R$ 500 milhões, com potencial para gerar seis mil empregos. A transferência para o Rio de Janeiro, segundo os parlamentares, beneficiaria o empresário Eike Batista, proprietário do terminal portuário de Porto do Açu, em São João da Barra, norte do Rio.

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