O ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, disse hoje (25) que, se tiver de tabelar o preço do gás, o valor ideal seria de R$ 23 em média para o botijão de 13 quilos, variando de acordo com a região. Se esses valores fossem cobrados, representariam uma queda média de 15% no preço do produto. Segundo ele, esse seria também um preço adequado para as distribuidoras e evitaria a intervenção do governo.
A proposta que está sendo estudada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para evitar aumentos abusivos nos preços do gás de cozinha poderia ser também aplicada a todos os demais combustíveis. A idéia, segundo o ministro, é de que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) tenha uma regra que possa valer para coibir esse tipo de prática em todos os casos.
Gomide observou que, no momento, o problema está concentrado nos preços do gás de cozinha. ?A rigor, se aplica a tudo?, disse. ?Mas, no momento, se está discutindo apenas o GLP (gás de cozinha)?. O governo, segundo ele, pretende, paralelamente à definição dessa regra, conversar com as distribuidoras para que elas passem a praticar ?margens aceitáveis? de lucro em relação ao preço do gás e a proposta serviria como um alerta às distribuidoras. Caso não haja essa redução, o governo, segundo Gomide, poderá intervir no mercado.
Para o ministro, uma margem abusiva de preços não está relacionada necessariamente à falta de concorrência. Segundo ele o que há é uma prática de estabelecer um porcentual para as margens de lucro pelas distribuidoras.