O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou que quer levar o modelo de investimento em tecnologia aplicado na área de petróleo para outros setores da economia, como mineração, sistema financeiro, automóveis e construção civil. Hoje, a Lei do Petróleo estabelece que 1% do faturamento bruto das empresas seja aplicado em pesquisa e desenvolvimento.
“Queremos levar este modelo de êxito para outras áreas”, disse a jornalistas após cerimônia de entrega da 5ª Edição do Prêmio Petrobras de Tecnologia, Engenheiro Antônio Seabra Moggi, no Centro de Pesquisas da Petrobras, no Rio.
“Estamos num processo de negociação com a cadeia produtiva mineral, com o sistema financeiro, com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Estamos iniciando este processo para levar este modelo para alguns outros setores, que são fortes na economia brasileira e ajudariam a alavancar pesquisa e desenvolvimento”.
A Petrobras, diz, investe hoje US$ 300 milhões por ano em pesquisa, sendo metade por conta própria e metade em parceria com centros de pesquisa e universidades. Segundo Mercadante, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil já está de acordo com a proposta e mostrou interesse em desenvolver novos materiais e métodos de sequestro de carbono.
Mercadante também voltou a defender que a proposta do Congresso de pulverizar os recursos do pré-sal compromete investimentos em inovação no País e, consequentemente, o crescimento de longo prazo da economia. Segundo ele, a área de Ciência e Tecnologia perderá em nove anos R$ 12,2 bilhões com este modelo e já teria perdido R$ 900 milhões se o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tivesse vetado no ano passado a proposta aprovada no Congresso.