O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou nesta quinta-feira (17) que seu ministério não tem recebido muitas reclamações dos exportadores contra o real valorizado. "Eu não sei se os exportadores se acostumaram com o câmbio, ou desistiram de reclamar. Até pelo fato de que os exportadores perceberam que há muito pouco que o governo possa fazer", disse o ministro, após participar do 3º Workshop de Alinhamento Estratégico, em Brasília.

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Miguel Jorge mencionou o atual cenário de alta internacional nos preços das commodities (matérias-primas) e comentou que os Estados Unidos vivem a maior inflação desde os anos 90. "É uma questão de ter uma realidade e ter que trabalhar com ela. As empresas precisam buscar mais eficiência, mais produtividade e mais modernidade. E nós, do governo, temos que ajudar, reduzindo a burocracia", afirmou.

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Alessandro Teixeira, disse, no entanto, que a crise na economia dos Estados Unidos e o desaquecimento das economia da Europa e do Japão – mercados parceiros do Brasil – têm levado à retração das empresas no mercado internacional.

Sem citar números, Teixeira disse que o total de empresas brasileiras que exportam se manteve estável neste ano, depois de terem registrado uma ampliação em 2007. Nesse sentido, disse, é importante o trabalho da Apex na abertura de novos mercados. Segundo Teixeira, as exportações das empresas participantes de projetos da Apex cresceram 27,5% de janeiro a maio de 2008, na comparação com igual período de 2007, enquanto as exportações totais do Brasil aumentaram 19,14%. Ele destacou que 75% das empresas que trabalham em parceria com a Apex são micros e pequenas.

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