Em palestra a militares no Rio, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-MA), afirmou ser favorável à entrada de investidores privados no setor de refino – como pleiteia a Petrobras, em busca de um sócio para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Braga afirmou também que tem boas expectativas para a 13ª Rodada de concessões da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), previsto para outubro.

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“Tem 39 empresas habilitadas, até agora a expectativa está dentro do que esperávamos. Tudo vai depender do preço do barril de petróleo. Nós estamos fazendo as rodadas com eles para que a expectativa não se frustre, a exemplo do que ocorreu com o México”, afirmou o ministro.

“Eles fizeram leilão em águas rasas, e nós em águas profundas. Nós sabemos que algumas áreas que colocamos têm grande potencial”, resumiu Braga, após participar da palestra.

Braga ainda avaliou que o País “estuda profundamente” o potencial de shale gas e tight oil, mas que até o momento o maior potencial é para o tight oil com fraturamento hidráulico. “Deus nos deu muita coisa, mas não o potencial para shale gas”, afirmou.

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Segundo o ministro, o desafio do setor de óleo e gás no País, com o novo cenário da indústria, com baixos patamares de cotação, é oferecer “competitividade” nos ativos e projetos do País. “Pesquisa, inovação, excelência em engenharia será essencial. Vamos realinhar a Petrobras, estabelecer foco muito grande em exploração e produção de óleo, e garantir mercado para investidor privado em refino”, afirmou.

A estatal negocia com quatro interessados aportes de até R$ 4 bilhões para finalizar o Comperj, que poderia, no futuro, ser ampliado para uma atuação petroquímica. Há investidores europeus e chineses interessados no ativo, conforme entrevista do presidente da estatal, Aldemir Bendine, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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Braga também avalia que o País entra, a partir de agosto, em um novo “ciclo” de baixa de tarifas de energia, após o desligamento de 2 MW no ultimo sábado gerado por termoelétricas. “Juntamente com a queda de consumo, em função da restrição macroeconômica, tivemos uma economia de R$ 5,6 bilhões. O que levará a um novo ciclo de baixa nas tarifas”, avaliou.

Segundo o ministro, o País enfrentou um “realismo tarifário” no início do ano, o que fez as tarifas “impactarem na inflação”. “Agora estamos entrando em ciclo de queda das tarifas de energia, vamos ter uma queda de 15 a 20% na redução da bandeira vermelha. Vamos iniciar um ciclo de baixa na tarifa de energia elétrica”, completou.