Ministro diz que Brasil não terá recessão

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afastou o risco de recessão no País por conta da crise na economia internacional. Durante um encontro com prefeitos eleitos de municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), realizado ontem, em Campo Largo, Bernardo afirmou ainda que o País deve crescer 4% em 2009.

“Temos feito um trabalho para traquilizar a economia. Enquanto países da Europa estão à beira da recessão, teremos crescimento”, afirmou Bernardo. O ministro ressaltou ainda que as operações de crédito, que segundo ele são vitais para a economia, devem normalizar e a taxa de juros deve diminuir.

O ministro, entretanto, admite que, considerando os impactos já evidentes da crise verificados em diversos setores da economia nacional, deverá haver um crescimento menor do que o esperado em 2008. Porém, para o próximo ano, Bernardo se mostra otimista.

“Ainda, se ficarmos olhando as coisas acontecerem, vamos crescer 2%. Mas vamos trabalhar para que alcancemos a meta de 4%”, diz. O otimismo do ministro se constitui também no campo da geração de empregos, que, segundo ele, deve fechar o ano com mais de 2 milhões de novas vagas.

Para Bernardo, os governos devem intensificar o contato e o apoio aos os empresários, o que poderia contribuir para tranqüilizar o mercado. O ministro, que também salientou a importância do relacionamento do governo federal com prefeitos para direcionar os recursos do PAC, informou que os recursos para investimentos em infra-estrutura para 2009 não sofrerão alterações.

Durante o almoço com os prefeitos, Bernardo ouviu relatos sobre a situação da infra-estrutura que, segundo eles, é fundamental para o desenvolvimento econômico das cidades.

O prefeito reeleito de Campo Largo, Edson Basso, confirmou que a economia do município deve registrar um crescimento, principalmente com o setor de cerâmicos.

Mesmo com parte significativa da produção do setor no município destinada à exportação, Basso acredita em resultados positivos para o próximo ano. “Esperamos um aumento da produção desse ano. Não sabemos, no entanto, o que vai acontecer em 2009, pois não sabemos a dimensão da crise”, comenta.

Os prefeitos também discutiram políticas de integração entre os municípios da RMC, bem como o quadro de sucessão para a presidência da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec).

Para o prefeito de Fazenda Rio Grande e atual presidente da Assomec, Antônio Wandscheer, os municípios da RMC deveriam discutir ações para contornar a crise de forma integrada. “Temos que trabalhar com o pequeno e o médio produtor. O problema é que não se discute uma gestão metropolitana”, diz.

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