O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira (30) que mantém a projeção de crescimento de 5% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2008. Ele disse que ao mencionar a possibilidade de uma expansão menor para a economia no ano que vem, ele estava apenas reportando as avaliações correntes no mercado financeiro, apresentadas nesta quinta-feira por ele na reunião ministerial.

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Segundo ele, as análises no mercado dão conta de que, na pior das hipóteses, a economia brasileira pode ter uma redução de 0,1 ponto porcentual a 0,3 ponto porcentual no crescimento previsto para o PIB. Mantega, entretanto, não corrobora com este cenário e pondera que a economia mundial não é mais puxada somente pelos Estados Unidos, mas também pela China e Índia. "O crescimento no Brasil é sustentado e vai continuar. O País tem mostrado muita robustez", disse.

O ministro da secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins destacou que o ciclo de desenvolvimento atual do País é sustentado não só do ponto de vista econômico, como também político, já que as instituições têm funcionado plenamente no País, e também do ponto de vista social, já que tem havido redução nas desigualdades.

Déficit nominal

O ministro da Fazenda disse que o Brasil está caminhando para um déficit nominal zero nos próximos dois ou três anos. Segundo ele a sua previsão "a rigor" sempre foi zerar o déficit nominal até o final do governo. "Mas não posso prometer que será em dois anos. O fato é que o ritmo é muito bom", disse.

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Citando novamente o resultado do déficit nominal de julho, divulgado pelo Banco Central (BC) ontem, que foi de 2,08% do Produto Interno Bruto (PIB), o melhor da série histórica, Mantega afirmou: "é bom esclarecer que voltamos a falar em resultado nominal. Antes, só se falava em superávit primário porque se tinha vergonha do resultado nominal".

Segundo o ministro, a redução do déficit nominal ocorrerá pelo aumento da arrecadação, com crescimento das despesas menor do que o incremento das receitas, com o aumento do PIB e com uma dívida financeira menor. "Todas as variáveis da economia conspiram para uma déficit nominal zero em tempo mais breve", afirmou. Mantega disse que um sinal disso é o reconhecimento do mercado, que tem recomendado o Brasil pela sua robustez fiscal.

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