O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta quinta-feira (15) ser contrário à abertura dos céus brasileiros para companhias estrangeiras. Segundo ele, conceder a liberdade para essas empresas poderem operar vôos dentro do País é prejudicial para as empresas brasileiras. "A abertura do céu brasileiro às companhias estrangeiras pode levar à quebra das empresas brasileiras", afirmou Jobim, em entrevista coletiva concedida após a abertura da IV Conferência do Forte de Copacabana, realizada no Rio.
Jobim usou como referência os Estados Unidos, o maior mercado do mundo da aviação comercial, que não adotou a liberdade de mercado. "Isso é uma coisa perigosa em termos de segurança, inclusive nacional", acrescentou. O ministro fez um balanço positivo da situação dos aeroportos no feriado e disse que espera uma solução para os passageiros da BRA que ainda têm passagens para voar até março do ano que vem, após a OceanAir ter informado que só havia garantia para os passageiros de vôos fretados da BRA.
"Espero que caminhemos para uma solução nesse sentido. Por enquanto ainda está naquela fase de disputa das duas empresas para o fechamento dos negócios. Então, você tem esse tipo de linguagem. Mas eu tenho confiança que logo a seguir vai se compor também a solução dos demais (passageiros de vôos regulares), que é o interesse que temos", disse Jobim.