Rodriguinho (no centro): mandioca no Plano Safra. |
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, anunciou ontem em Paranavaí, no Paraná, que criará no âmbito do Consagro (Conselho da Agricultura) a Câmara Setorial da Mandioca, que será responsável pelo estabelecimento de políticas públicas para a cadeia produtiva da mandioca. Roberto Rodrigues esteve em Paranavaí para proferir palestra no Seminário da Cultura da Mandioca, promovido por fecularias associadas à Abam (Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca) e para o lançamento do programa Plantio Responsável de Mandioca, numa propriedade rural, onde o ministro procedeu o plantio da raiz, numa máquina plantadeira.
Segundo o ministro, a Câmara Setorial da Mandioca será moldada com base no projeto de plano nacional para a mandioca, que lhe foi entregue por integrantes da cadeia produtiva da mandioca, e no projeto para o desenvolvimento do setor de amido de mandioca, elaborado pela Abam. O ministro designou o delegado federal do ministério em Curitiba, Valmir Kowalewski de Souza, para conduzir os encontros futuros que definirão as bases de funcionamento da câmara setorial.
Ações do governo no sentido de impulsionar o desenvolvimento da cadeia produtiva de mandioca estão no Plano Safra, lançado na última quinta-feira, em Brasília, em que a mandioca é tratada como item prioritário, entre os alimentos básicos, que servirão para suprir a demanda gerada por novos programas sociais, entre eles o Fome Zero, e recompor estoques públicos. O Plano Safra elevou de R$ 150 mil para R$ 200 mil o limite de crédito rural para a mandioca.
Para o presidente da Abam, João Eduardo Pasquini, a ida do ministro a Paranavaí representou um grande marco para a mandiocultura brasileira, visto que a Câmara Setorial da Mandioca beneficiará toda a cadeia produtiva brasileira. Representou também, conforme ele, um importante momento para outros setores da agricultura, que conseguiram se aproximar do ministro, entregando-lhes suas propostas de desenvolvimento. “Com o estabelecimento da Câmara Setorial da Mandioca temos absoluta certeza de que a mandiocultura se consolidará, definitivamente, como um produto genuinamente brasileiro, valorizado pela política governamental”, comemorou.
Centro tecnológico
O vice-governador do Paraná, Orlando Pessuti, também anunciou no Seminário que o governo incentivará a implantação de um Centro Tecnológico da Mandioca no Município de Paranavaí, que é hoje a maior região produtora de raiz e fécula de mandioca do Paraná. A proposta de criação de um Centro Tecnológico foi apresentada por integrantes da cadeia produtiva da mandioca. Pessuti designou o chefe da Claspar (Empresa de Classificação do Paraná), Eduardo Baggio, a trabalhar em conjunto com o delegado federal do Ministério da Agricultura no sentido de se formatar o projeto de criação do Centro.