O ministro da Economia e Tecnologia da Alemanha, Reiner Brüderle, disse hoje em Brasília que seu país não considera que a solução para os problemas econômicos da Grécia consista em dar recursos dos contribuintes alemães. Ele evitou comentar o rebaixamento que a Grécia sofreu hoje na sua classificação de risco pela agência Standard & Poor’s. Para o ministro é preciso que a Grécia apresente uma proposta concreta de medidas a serem adotadas em 2011 e 2012 para receber ajuda da União Europeia.

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Brüderle afirmou que o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia estão envolvidos no processo de socorro à Grécia e concordam que é preciso que o governo grego exponha mais rapidamente o caminho que irá trilhar. Para o ministro alemão, a Grécia viveu acima de suas posses. “Se agirmos bem com a Grécia, delimitaremos o problema”, afirmou Brüderle, em entrevista coletiva, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, onde participa de encontro bilateral com o Brasil.

Para o ministro alemão, a situação de Portugal e Espanha é menos grave. Segundo ele, uma decisão errada em relação à Grécia poderia desencadear uma crise na região. “Não queremos desencadear uma espiral de deflação”, afirmou. O ministro disse que o problema na Grécia não pode ser resolvido de forma rápida mas é preciso transmitir a mensagem de que a Europa é séria no que diz respeito à estabilidade do euro.

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