Buenos Aires (AE) – A ministra de Economia da Argentina, Felisa Miceli, chegou ontem ao Rio de Janeiro onde se reúne, hoje, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e os demais ministros de Fazenda dos países sócios do Mercosul. A reunião foi um pedido de Miceli, feito por ocasião da Cúpula dos Presidentes do Mercosul, realizada em Córdoba, no final de julho passado. Os ministros vão afinar o discurso que será feito na assembléia de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial (Bird), a ser realizada nos dias 19 e 20 de setembro, em Cingapura.
Durante o encontro dos ministros serão discutidos três reivindicações básicas dos países da região e outros emergentes ao FMI: a modificação das cotas e votos dos membros, maior flexibilidade na concessão de créditos de emergência aos países em crise e menos ingerência em suas políticas econômicas.
Miceli desembarca no Brasil com uma clara posição crítica ao FMI. Ela quer reivindicar do FMI que ?oriente suas supervisões da economia mundial para o crescimento sustentável e não ao ajuste? e que este ?volte a cumprir seu papel de fornecedor de crédito em caso de crise de um país, mas sem impor condições que dificultam a recuperação do país?.
Nas ?reformas que o FMI necessita para refletir melhor a presença dos países em desenvolvimento na economia mundial?, Miceli defende que a mudança na fórmula de cálculo na votação dos países membros do FMI, previsto em duas etapas, não sejam uma ?fachada? para ?manter o status quo sem oferecer um novo enfoque integral na participação dos países membros da entidade?.