O Ministério dos Transportes informou ontem que as supostas irregularidades no Porto de Paranaguá apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) foram esclarecidas pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e que todas as questões levantadas estão sanadas. De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, nunca esteve em discussão a questão de intervenção ou não no Porto de Paranaguá. O que houve foi um pedido de esclarecimento sobre questões pontuais, que foram encaminhadas e respondidas pela Appa.
?A Appa prestou e está prestando todas as informações solicitadas pelo Ministério dos Transportes. Não há motivo para polêmicas. Esse é um assunto administrativo corriqueiro?, afirmou a assessoria.
Outro ponto esclarecido pela assessoria do Ministério foi quanto ao pronunciamento do ministro Paulo Sérgio Passos. ?Ao contrário do que chegou a ser divulgado por alguns jornais, não foi dado um ultimato ao ministro. Foi dado um prazo de 30 dias para as respostas e hoje (quinta-feira) é o último dia. Todas as questões serão respondidas e o ministro cumprirá o prazo?, esclareceu a assessoria.
A assessoria do ministério lembrou que o Porto de Paranaguá é uma delegação federal e que, sempre que há algum tipo de reclamação, cabe ao ministério tomar as providências. ?Temos uma comunicação intensa com a Appa e as questões estão sendo resolvidas de forma tranqüila, com muita conversa?, reforçou.
Eficiência
?Jamais acreditei que pudesse existir no governo Lula intervenção no respeito, eficiência e ética?, declarou o superintendente do porto, Eduardo Requião, lembrando que a movimentação de cargas por meio dos Portos de Paranaguá e Antonina já superou em 371 mil toneladas todo o ano passado e está 6% superior no comparativo entre janeiro de 2006 com o mesmo período no ano passado.
Para o procurador-geral do Estado e conselheiro do Conselho de Autoridade Portuária (CAP), Sérgio Botto de Lacerda, a tentativa de intervenção ?foi uma reedição daquilo que já havia sido solucionado. Foi uma especulação de pessoas que tiveram interesses contrariados e que foi motivada por fins políticos ainda no período eleitoral, por grupos que não se satisfazem com a competência da administração do Porto de Paranaguá?. (AEN)