O Diário Oficial da União (DOU) trouxe em edição extra da quinta-feira, 30, dois despachos do Ministério da Economia que formalizam a devolução antecipada de valores do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro Nacional. Os documentos não especificam o montante. No início do mês, no entanto, a diretoria do banco de fomento aprovou o pagamento de R$ 30 bilhões de sua dívida com a União ainda no mês de maio.

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De 2015 a 2018, o banco já devolveu R$ 309 bilhões ao Tesouro. Em julho do ano passado, ainda no Governo Michel Temer, o BNDES firmou uma reestruturação da dívida com a União, antecipando o prazo final de pagamento de 2060 para 2040 e estabelecendo um cronograma anual de devoluções.

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Pelo plano, entre 2019 e 2022, a devolução média seria de R$ 25 bilhões por ano. Para 2019, estavam previstos R$ 26 bilhões.

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Com o início do governo de Jair Bolsonaro, o Ministério da Economia decidiu acelerar ainda mais as devoluções. Em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) em março, o ministro Paulo Guedes revelou que o Tesouro pediria R$ 126 bilhões ao BNDES este ano, R$ 100 bilhões acima dos R$ 26 bilhões inicialmente previstos.