O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que o projeto de lei de reajuste do salário mínimo regional será enviado, “no máximo”, à Assembleia Legislativa de São Paulo “no começo de março” e levará em conta a inflação acumulada de 2010. O governador se reuniu nesta manhã com dirigentes de sete centrais sindicais no Palácio dos Bandeirantes.

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Em entrevista à imprensa, Alckmin evitou detalhar o valor para as três faixas do piso regional, que hoje são de R$ 560, R$ 570 e R$ 580. Uma das reivindicações das centrais sindicais é de que a primeira faixa suba para R$ 600, já que esta foi uma das promessas do candidato derrotado do PSDB à Presidência da República, José Serra, durante a campanha. “O piso vai ser discutido e será superior ao processo inflacionário”, disse Alckmin. “Mas ainda não há definição sobre o assunto.”

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 6,47% em 2010. Desde o início dessa semana, as centrais sindicais fazem esforço concentrado para pressionar para um reajuste dos vencimentos regionais em encontros com governadores. A estratégia é também pressionar o governo federal a elevar o mínimo, que foi fixado em R$ 540 desde o dia 1.º de janeiro, para R$ 580. O governador disse que em sua gestão manterá um canal permanente com as centrais sindicais e que, nos próximos anos, pretende antecipar as negociações para o reajuste do mínimo regional para janeiro. “Como é feito em relação ao mínimo pelo governo federal.”

Alckmin afirmou ainda que irá tirar do papel um projeto que cria um Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, espaço de discussões entre empresários, trabalhadores e representantes do terceiro setor. A expectativa é que o órgão funcione nos moldes do “Conselhão” do governo federal.

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As centrais sindicais que participaram do encontro foram Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Nova Central Sindical de Trabalhadores, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas).