Seis meses após o lançamento do programa “Minha Casa, Minha Vida”, só 45.824 moradias foram vendidas no País. Os dados são da Caixa Econômica Federal e vão até o dia 9 deste mês. O total vendido até agora é menos de 5% da meta de 1 milhão de casas previstas pelo governo. Segundo a Caixa, do início do programa, em 14 de abril, até sexta-feira da semana passada foram contratadas 95.659 moradias. Isso significa que essas habitações já têm o aval do governo para serem comercializadas dentro do programa.
“Os resultados até agora são relativamente baixos”, avalia o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Sergio Watanabe. Ele acredita que as vendas devem se acelerar daqui para frente. A Caixa, diz ele, acredita que vai fechar o ano com propostas para construção de 400 mil moradias. Até dia 8 deste mês, a instituição analisava projetos para erguer 348.165 moradias.
Segundo Watanabe, o processo é lento para aprovar os projetos. Essa também é a avaliação do vice-presidente de Programas Habitacionais do Secovi-SP, Flávio Prando. “A Caixa, como órgão público, não tem a agilidade de uma empresa privada. Falta pessoal para fazer mais contratações por mês”, afirma Prando. Apesar da lentidão das vendas, as construtoras voltadas para a baixa renda comemoram o desempenho do programa. A HM Engenharia, por exemplo, do Grupo Camargo Corrêa, já vendeu 916 casas e apartamentos dentro do programa, que estão em construção. “Temos 13 obras contratadas pela Caixa”, conta o presidente da empresa, Henrique Bianco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.