O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, negou qualquer pressão política para a liberação do processo de licenciamento da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). “Isto não procede”, disse o ministro hoje pela manhã, no Rio de Janeiro. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo ontem, o ex-coordenador geral de Infraestrutura de Energia Elétrica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Leozildo Tabajara da Silva Benjamin, afirmou que pediu demissão após uma reunião em que o ministro “tentou ensinar” os analistas ambientais do instituto a fazer licenciamento. Além dele, o diretor de Licenciamento, Sebastião Custódio Pires, também pediu demissão.

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Minc admitiu que teve um encontro de quatro horas com os diretores do Ibama, mas na versão do ministro ele apenas ouviu reivindicações e as levou ao presidente Lula. “Dei todas as garantias de que nenhum prazo (para o licenciamento) era predeterminado. O prazo seria aquele em que todas as dúvidas dos técnicos estivessem respondidas”, afirmou.

O ministro anunciou que deve chamar mais aprovados no último concurso para analista ambiental do Ibama. “O último concurso que fizemos contratou 400, mas há uma norma que diz que você pode chamar 50% dos aprovados e isso será feito para reforçar o licenciamento”, declarou o ministro.

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