O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que ainda não foi definida uma data para a concessão da licença prévia ambiental para as obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA).

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Em entrevista no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Minc disse que não se sente pressionado e que a licença deverá sair “nos próximos dias”. “O prazo será o mais rápido possível. É uma questão de dias”, afirmou.

A uma pergunta se ele se sentia pressionado pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ele disse: “Eu não me sinto pressionado por ninguém”. Minc disse que licenças de obras como a de Belo Monte saem em cerca de seis meses e que, neste caso, o tempo para concessão teria começado a correr no dia 25 de maio. Questionado se, dentro desta lógica, a licença poderia sair até o dia 25 de novembro, o ministro respondeu com irritação aos jornalistas: “Eu não digo isto. Não vão arrancar isto de mim”.

Minc disse que as questões mais relevantes para a concessão da licença já foram respondidas e há só “alguns detalhes” para serem resolvidos. Ele citou como pendências um documento que ainda não está pronto da Vigilância Sanitária do Pará sobre a malária na região das obras e um outro sobre cavernas que estão na área onde deverá ser formado o lago da usina.

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Ele participou, nesta tarde, de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros para discutir obras de melhoria de estradas previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O leilão da usina de Belo Monte está previsto para o dia 21 de dezembro. Para que este prazo seja cumprido, no entanto, o edital tem que ser publicado até o dia 21 de novembro, ou seja, até o final desta semana. A licença prévia tem que sair antes do leilão, mas iniciar a licitação sem a posição dos órgãos ambientais poderia gerar insegurança nos investidores.

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