O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou nesta segunda-feira (13) que o governo não trabalha com um plano B para a indústria automotiva, caso a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), prorrogada até o final de junho, não tenha o efeito esperado.”Não atuamos em cima de um plano B, mas em cima do que está acontecendo. Vamos avaliar em dois meses ou dois meses e meio o impacto do IPI e se precisarmos tomar novas medidas ou a mesma medida avaliaremos na época”, disse, após participar de almoço na Câmara Americana de Comércio (Amcham), onde discursou sobre as “Perspectivas para a Indústria Automotiva em 2009”.
Em seu discurso durante o evento, o ministro reiterou sua expectativa de que a indústria automotiva repita em 2009 o desempenho de vendas e produção registrado em 2008, a despeito da projeção da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) de queda de 3,9% nas vendas para 2,710 milhões de unidades e de retração de 11,2% na produção, para 2,860 milhões de veículos. “O Brasil vai se sair melhor dessa crise do que a maioria dos outros países, com exceção da China e Índia”, disse.
O ministro ressaltou ainda que, em conversa recente, uma das montadoras líderes de vendas no País informou que está finalizando planos para investir US$ 1 bilhão no Brasil para desenvolvimento de um novo modelo e também para duplicar uma das suas unidades fabris. “Outra montadora também já sinalizou que planeja investimentos importantes para o Brasil para desenvolvimento de um novo produto que atenderá o mercado brasileiro e que também será destinado à exportação”, afirmou.