O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou hoje que se mantém contra a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a venda de carros novos, além da data final, marcada para 30 de junho deste ano. Em encontro que discutiu alternativas para dinamizar a participação da região do ABC paulista na cadeia automotiva, o ministro adiantou, no entanto, que o tema será discutido pelo governo dentro de alguns dias. A geração indireta de impostos, em razão do aumento das vendas, é um dos pontos que será analisado.

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“Viajo no domingo (dia 7) para a África em uma missão comercial, onde fico perto de uma semana e depois disso me reúno com o Ministério da Fazenda para debater a questão”, disse. Miguel Jorge reiterou que é contra a prorrogação do benefício e ressaltou que é importante que as pessoas saibam que a isenção vai acabar, para que não adiem suas decisões de compra. O ministro lembrou que Inglaterra, França e Alemanha, cujos governos estão oferecendo bônus para compra de veículos, também fixaram prazo a fim de concentrar as vendas durante o momento mais crítico da crise.

Em relação ao discurso do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, que afirmou ontem que as vendas do setor vão cair em julho com o fim da redução do IPI, o ministro comentou apenas que esse é o papel da Anfavea.

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