O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, colocou um ponto final na expectativa de empresas japonesas instalarem no Brasil uma fábrica de semicondutores como contrapartida à escolha do padrão japonês de TV digital. De acordo com o ministro, o governo continua trabalhando para ter uma fábrica dessas, mas as negociações não envolvem mais a TV digital.

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O documento assinado em 2006 entre os governos do Brasil e do Japão não chegou, segundo Miguel Jorge, a ser nem um memorando de entendimentos. "Era mais blablablá", afirmou o ministro, após participar, em Brasília, do "Fórum Executivo sobre Circuitos Integrados".

Na época, o governo brasileiro apresentou como principal exigência para a escolha do padrão japonês a construção da fábrica de semicondutores no País, com investimentos de empresas japonesas, mas até agora nenhum projeto foi levado adiante.

Documento

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Para tratar da escolha do padrão japonês, uma delegação brasileira foi em 2006 ao Japão, liderada pelos ministros das Comunicações, Hélio Costa, e das Relações Exteriores, Celso Amorim. Na oportunidade, foram assinados vários documentos, inclusive um compromisso de se discutir a instalação da fábrica.

"Eu vi esse documento. Eu nem chamaria de documento de intenções. Pelo que eu li, ele não chegava nem a ser um memorando de entendimento", disse Miguel Jorge, depois de participar do Fórum Executivo em Circuitos Integrados. "Era uma coisa, muito assim, de que estava disposto a estudar. Para ser muito franco, era mais blablablá. Acredito que era o que era possível negociar naquele momento", acrescentou.

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