Os bancos nunca ofereceram tanto dinheiro para os interessados no microcrédito, voltado à baixa renda, como agora. Em abril, segundo o dado mais recente do Banco Central (BC), o volume de recursos ofertados chegou a R$ 1,6 bilhão. Segundo regulamentação do BC, os bancos têm que destinar 2% dos depósitos à vista ao microcrédito ou mantê-los “congelados”, sem uso. Em abril, desse montante (R$ 2,7 bilhões), as instituições financeiras emprestaram 62% – um recorde. Um ano antes, em abril de 2009, a oferta foi de 56%.

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Por mês, são assinados cerca de 100 mil contratos de microcrédito no Brasil e o valor médio dos empréstimos é de R$ 1,3 mil. O microcrédito não pode ser usado para tapar buracos nas finanças, mas no investimento em algum tipo de negócio. O brasileiro tem cada vez mais recorrido a esses recursos de olho na possibilidade de ser dono do próprio negócio e não depender do humor do mercado de trabalho. Uma das motivações é o crescimento do poder aquisitivo da baixa renda – público-alvo dos pequenos negócios que se proliferam pelas periferias das cidades.

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