México interessado em comprar a palha de milho do Paraná

A palha de milho e que acaba sendo descartada depois da colheita por não ter uma aplicação definida, poderá se transformar em fonte de renda para pequenos agricultores do Paraná. Uma empresa do México está interessada em adquirir o produto, já que naquele país a palha é muito utilizada para embalar alimentos. Com a exportação desse material, o agricultor poderá ter uma renda de até R$ 600 por hectare de milho.

A proposta de comercialização da palha foi apresentada na última sexta-feira para produtores rurais de Ponta Grossa. O interesse pela região é porque o Paraná é o maior produtor de milho do País – segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) o Estado deve produzir 24,84 milhões de toneladas -, sendo que grande parte dos produtores está concentrada na região dos Campos Gerais. O secretário de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente de Ponta Grossa, Laertes Sidney Bianchessi, disse que a proposta é voltada para pequenos produtores, já que os maiores fazem a colheita de forma mecanizada.

?Como nas pequenas propriedades a colheita é manual, isso poderá beneficiar até para o aproveitamento de mão-de-obra ociosa?, comentou. Além disso, ele destacou que a grande vantagem será a possibilidade de agregar renda para o material que, quando não era totalmente descartado, tinha parte aproveitada na alimentação animal, porém com pouco valor nutritivo. A estimativa é que de 40 a 50 espigas de milho é possível extrair um quilo de palha, o que poderá reverter em uma renda extra de até R$ 600 por hectare. Segundo Bianchessi, isso representa 60% do valor do milho, se comparado aos preços praticados hoje na região, que giram em torno de R$ 12 a saca. A empresa também deverá fornecer equipamentos para a colheita e separação da palha.

O secretário de Ponta Grossa disse que antes de iniciar as exportações será preciso organizar os pequenos produtores para voltarem a produção para esse projeto, pois será necessário agrupar um grande volume do produto. Porém, ele acredita que ainda neste ano os produtores estarão habilitados para iniciar a produção voltada para atender essa demanda.

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