O ministro das Relações Exteriores do México, Luis Ernesto Derbez, disse ser ?bastante difícil? alcançar um acordo econômico entre seu país e o Mercosul e ainda dirigiu críticas ao Brasil e ao bloco por realizarem o que considerou uma ?modernização tímida?, principal obstáculo para um acordo.

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O México tem feito avanços ?muito mais rapidamente? que os países do Mercosul, o que tornaria ?muito complicada? a associação entre as duas partes, segundo informações da agência italiana de notícias Ansa.

?É muito complicado para eles (Mercosul) a associação econômica com o México, porque somos um país que modernizou muito mais rapidamente sua economia, o que permitiu ter, portanto, uma relação com o mundo externo que já representa, no caso de nosso país, cerca de 66% de nosso PIB?, disse Derbez.

O ministro afirmou ainda que as altas taxas alfandegárias do Brasil ?dificultaram um pouco a negociação para nós? para fazer parte do Mercosul.

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O Brasil é o país com o qual há mais problemas, destaca Derbez, e é preciso, assim, trabalhar mais para aproximar posições, por se tratar de uma ?economia mais complexa?, segundo a Ansa.

O México foi convidado para a próxima cúpula desse bloco, integrado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, em 9 de dezembro em Montevidéu (capital uruguaia).

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Argentina

As negociações avançam mais rápido com a Argentina, disse o ministro mexicano, mesmo com a polêmica que envolveu os presidentes argentino, Néstor Kirchner, e mexicano, Vicente Fox, durante a realização da 4.ª Cúpula das Américas, realizada no início deste mês, na Argentina.

O México e a Argentina deixaram em evidência suas divergências em relação à Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Enquanto Fox defendeu a retomada das negociações da Alca, Kirchner se uniu ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, no combate à iniciativa até que EUA e Canadá eliminem os subsídios agrícolas.

México e Argentina trabalham em um acordo comercial para incluir outros três mil produtos no acordo de eliminação das taxas.