Metalúrgicos voltam à mesa de negociação

Metalúrgicos da Grande Curitiba e representantes do Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea) voltam à mesa de negociação na próxima terça-feira, dia 19, para discutir o reajuste salarial. O prazo dado às montadoras para melhorar a proposta terminava ontem, às 17h, porém os metalúrgicos aceitaram ampliar o prazo. A categoria ameaçava realizar paralisações e greves, caso as empresas não melhorassem suas ofertas em 48 horas. ?Até a próxima terça-feira, nada de paralisações?, garantiu Jamil D?Avila, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC).  

Segundo o sindicato, funcionários das três empresas farão assembléias na porta de cada fábrica na próxima quarta-feira, para votar se aceitam ou não a nova proposta. A proposta inicial do Sinfavea contempla reajuste salarial com base na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos últimos 12 meses e 1,3% de aumento real. Já os trabalhadores reivindicam a reposição da inflação mais 5% de aumento real.

Os funcionários também exigem a ampliação no valor de alguns benefícios, como aqueles voltados às vítimas de doenças ocupacionais.

Estão em negociação apenas as cláusulas econômicas – as sociais foram negociadas por dois anos na campanha salarial de 2005, ou seja, valem até 2007. A montadora Renault tem 3,8 mil trabalhadores, a Volkswagen tem 3,7 mil e a Volvo, 1,8 mil.

Volkswagen

O acordo fechado na última quinta-feira entre os metalúrgicos da unidade da Volks de São Bernardo do Campo (SP) e a direção da empresa, que prevê a demissão voluntária de 3,6 mil dos 12,4 mil funcionários, não traz, pelo menos por enquanto, qualquer impacto à unidade paranaense. ?Inicialmente não há impacto, mas o acordo, provavelmente, vem antecipar algo a respeito da nossa reestruturação?, afirmou o coordenador da Comissão de Fábrica da Volks em São José dos Pinhais, Gilson Santos Batista.

Entre os principais pontos positivos do acordo fechado, Batista cita o adicional de 1,4 salário por ano trabalhado para quem optar pela demissão voluntária na primeira etapa, em novembro. ?É um incentivo. Porém, o pessoal que ficar terá que fazer concessões para continuar trabalhando?, apontou. O temor, segundo ele, é que tais concessões também tenham que ser feitas pelos funcionários da planta paranaense. ?Vamos ter que aguardar a proposta da empresa?. Entre as concessões apresentadas aos funcionários de São Bernardo do Campo está o banco de horas. Na unidade de São José dos Pinhais, o banco de horas está extinto desde maio de 2004.

Férias coletivas

As férias coletivas de dez dias na Volkswagen do Paraná, que começariam no próximo dia 25, foram adiadas para o período de 2 a 11 de outubro. Desde o início do ano, essa é a quarta vez que a empresa concede férias coletivas a seus funcionários. Segundo Gilson Batista, a direção da empresa não conseguiu explicar o motivo das férias. ?A princípio, seria um preventivo por conta da greve no ABC Paulista. Agora, a alegação é que existem manutenções para serem feitas na linha de produção?, comentou. 

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