economia

Metalúrgicos também fazem paralisações e protestos contra reforma da Previdência

Milhares de metalúrgicos do Estado de São Paulo realizam paralisações e passeatas nesta quarta-feira, 15, como parte Dia Nacional de Paralisação e Mobilização contra a Reforma da Previdência e trabalhista, organizado pela Central única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais.

Em São José dos Campos, houve passeatas, atrasos e greve de 24 horas, organizadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas. As manifestações, que mobilizaram cerca de 10 mil trabalhadores, começaram por volta das 5h30, com os trabalhadores da TI Automotive em passeata na Rodovia Presidente Dutra (pista sentido SP-Rio). Eles seguiram cerca de dois quilômetros até a Refinaria Henrique Lage, da Petrobras.

Os metalúrgicos da General Motors também realizaram uma passeata e ocuparam a Via Dutra, no sentido Rio – SP (altura do km 147). Houve atraso de três horas no início da produção. Na montadora Chery, em Jacareí, os trabalhadores decidiram entrar em greve de 24 horas. Na Embraer, a produção teve um atraso de uma hora. Também houve manifestações de metalúrgicos da JC Hitachi e Prolind.

Os metalúrgicos acompanharam a operação tartaruga realizada pelo Sindicato dos Condutores de São José dos Campos. Os ônibus percorreram alguns dos principais corredores do centro da cidade, das 7h30 às 9h20. Os veículos saíram da Rodoviária Velha, seguiram pelas avenidas São José e João Guilhermino, terminando em frente ao INSS.

Pela manhã, o Sindicato dos Metalúrgicos participou de um ato unificado na Praça Afonso Pena, iniciado às 10 horas. À tarde, há previsão de uma caravana seguir para a Avenida Paulista, em São Paulo, onde às 16 horas haverá uma manifestação de trabalhadores de diferentes categorias.

“A construção deste País depende da classe trabalhadora. Hoje levantamos e saímos para exigir que votem contra as reformas trabalhista e da Previdência”, disse Antônio Ferreira de Barros, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. “Não tenho dúvidas de que agora vamos entrar em outro patamar de luta, assustando os usurpadores do Congresso Nacional com a força da nossa união. Temos a convicção de que com união e luta vamos partir para a Greve Geral e mudar o País.”

Capital

Em São Paulo, trabalhadores de várias fábricas da zona Sul se concentraram às 7h30 em frente à MWM, em, Jurubatuba. Por volta das 8 horas, teve início uma passeata até a Ponte do Socorro, onde houve uma manifestação junto com trabalhadores de outras categorias. Em Mogi das Cruzes, houve assembleias às 7 horas, na Sercon e na Elgin.

“Estamos juntos com a Força Sindical e demais centrais nesta luta de resistência contra as propostas do governo que tiram direitos e penalizam os trabalhadores”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato, da CNTM, e vice-presidente da Força Sindical.

ABC

Na região do ABC paulista, há greve de 24 horas dos 11 mil funcionários que trabalham no pátio principal da Volkswagen, no km 23,5 da rodovia Anchieta. O plano inicial, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, era fazer uma concentração no local e seguir até o posto da Previdência Social, no centro de São Bernardo, para um ato político.

No entanto, como os ônibus fretados não passaram pela manhã para levar os trabalhadores à fábrica, o quórum da assembleia, que teve início às 8 horas, foi pequeno, contando com apenas 700 trabalhadores.

Na reunião, foi decidido cancelar a passeata até o INSS, mas estender a greve, que teve início às 5 horas da manhã, por 24 horas. Na parte da tarde, os trabalhadores seguirão para o grande ato na Avenida Paulista.

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