Metalúrgicos não descartam possibilidade de greve em MG

Os sindicatos de metalúrgicos não descartam a possibilidade de greve em Minas Gerais, caso a proposta de reajuste salarial não seja aceita pelos representantes das empresas. “Estamos buscando um acordo através da negociação, mas se as propostas continuarem nos patamares atuais, não descartamos a possibilidade de greve”, disse Marcelino da Rocha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Igarapé e Bicas (MG). A data-base da categoria é 1º de outubro.

A primeira proposta apresentada pelos trabalhadores incluía um aumento real de 10% nos salários, acima da inflação medida pelo INPC, além de um abono de um salário nominal, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e melhoria nas cláusulas sociais da convenção coletiva de trabalho da categoria. Os sindicatos patronais ofereceram como contraproposta a correção de 4,3%, em duas parcelas, sendo uma em outubro e o restante em janeiro de 2010 e não considerou o pagamento de abono. A oferta foi rejeitada pela categoria durante assembleia realizada ontem.

Hoje pela manhã os sindicatos realizaram uma caminhada, na rodovia BR-381, que liga Minas Gerais a São Paulo, no trecho entre Contagem e Betim em protesto contra a proposta de reajuste apresentada pelo setor patronal.

Em uma nova rodada de negociações realizada hoje na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), os metalúrgicos reivindicaram o reajuste de 10%, já incluída a correção da inflação, além de abono de um salário nominal limitado a R$ 2 mil. Uma assembleia dos sindicatos patronais deverá ser realizada na próxima semana para avaliar os termos. Já os metalúrgicos pretendem se reunir novamente no dia 15 de outubro e pretendem continuar com as manifestações. A categoria reúne cerca de 40 mil trabalhadores no Estado.

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