Metalúrgicos fecham acordo com a Bosch

Funcionários da Bosch aprovaram ontem, em assembléia, a proposta de acordo que prevê aumento salarial de 8,16% e abono de R$ 700,00. Os metalúrgicos – cerca de cinco mil – vinham realizando protestos desde a semana passada, com a paralisação do trabalho e bloqueios na rodovia. A proposta do acordo, feita em audiência com o Ministério Público no último sábado, foi aprovada pelos trabalhadores do primeiro e segundo turno, por pequena diferença de votos, e reprovada pelos do terceiro turno. Para resolver o impasse, foi feita assembléia com todos os turnos.

Os trabalhadores conquistaram 5,52% de aumento salarial aplicados aos salários já em dezembro e 2,5% em dezembro do ano que vem. No total, são 8,16%. Prevê ainda o pagamento de R$ 700,00 no próximo dia 3 de janeiro a título de complemento de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR). No piso salarial, a Bosch propõe elevação de 5,52% em dezembro deste ano e 2,5% daqui a 12 meses. A empresa também desistiu de implantar a jornada de trabalho aos sábados, como pretendia inicialmente.

?Arrastão diário?

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba promete promover a partir de amanhã um ?arrastão diário de greves?. A estratégia é paralisar, em cada dia, empresas de uma determinada região. A medida faz parte da campanha salarial 2006.

?Estamos conseguindo avanços importantes, como o acordo fechado com a Bosch. Também fechamos acordo com a TMT Motoco (em Campo Largo) que prevê reajuste salarial de 6% e abono de R$ 300,00, mais 7% de aumento no piso?, afirmou o diretor do sindicato, Nelson Silva de Souza. ?Também fechamos acordo com a Perfecta, que prevê 6% de reajuste salarial e de 7% no piso?, comentou. As propostas apresentadas por estas duas empresas, porém, ainda devem ser aprovadas pelos trabalhadores em assembléias.

Segundo Nelson Souza, o sindicato optou em negociar empresa por empresa com o sindicato patronal, o Sindimetal, que representa cerca de 3,5 mil empresas da Grande Curitiba. ?Normalmente, fechamos um acordo ?guarda-chuva? com o patronal e partimos para negociar com cada empresa. Este ano, não foi possível fechar acordo com o patronal?, explicou.

A mobilização que se inicia amanhã deve envolver cerca de 30 mil trabalhadores, conforme previsão do Sindicato dos Metalúrgicos. Segundo Nelson Souza, normalmente os acordos são fechados até 30 de novembro, mas este ano devem seguir dezembro adentro. As mobilizações têm o objetivo de pressionar as indústrias a fechar acordos salariais o quanto antes.

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