Assembléias

Metalúrgicos decidem greve em reuniões hoje

Metalúrgicos da Volkswagen-Audi, da Renault e da Volvo decidem hoje se a paralisação de 24 horas, iniciada ontem, irá se transformar em greve por tempo indeterminado.

As assembléias dos trabalhadores acontecem às 5h30 e às 14h30 nos portões da Volks e da Renault, em São José dos Pinhais, e às 7h30 na Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

Ontem no final da tarde, representantes do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba e do Sifavea (entidade patronal que representa as montadoras) se reuniram em nova rodada de negociação.

A expectativa da categoria era que as montadoras melhorassem a proposta salarial. Na última sexta-feira, o Sinfavea ofereceu aumento real de 0,5%, além da reposição da inflação nos últimos 12 meses, de 7,6%.

Os metalúrgicos, que querem a reposição da inflação, aumento real de 5% e abono no valor de R$ 1,5 mil, rejeitaram a proposta e realizaram paralisação de 24 horas na tentativa de pressionar as montadoras a melhorar o índice. A data-base da categoria é 1.º de setembro.

“Foi unânime. Os trabalhadores decidiram rejeitar a proposta porque entendem que ela está muito abaixo das expectativas. As montadoras estão batendo recordes de produção e vendas. Estão atravessando a melhor fase econômica e produtiva de toda a sua história. Não dá nem para começar a conversar com esses valores. Se as negociações não avançarem, a tendência é de que a paralisação de 24 horas vire uma greve por tempo indeterminado”, afirmou ontem o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Sérgio Butka.

A proposta de aumento oferecida pelas montadoras é inferior até mesmo à que foi fechada ano passado. Em 2007, os metalúrgicos da Volks e Renault fizeram quatro dias de greve e conquistaram aumento real de 2,5%.

Contando com os 4,82% referentes à correção da inflação, a categoria teve um aumento total de 7,44%. Além disso, os trabalhadores receberam um abono de R$ 1,5 mil. Na Volvo, não houve greve. Os valores fechados com a fábrica de ônibus e caminhões foram os mesmos da Volks e Renault, só que com um abono de R$ 1 mil.

Paralisação

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a paralisação de 24 horas realizada ontem atingiu os 11 mil metalúrgicos que atuam nas três empresas. Com isso, a Volks teria deixado de fabricar cerca de 850 veículos; na Renault, foram 800 veículos a menos e, na Volvo, cerca de 68 caminhões e nove ônibus.

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