O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi realiza, a partir das 18 horas de hoje, no centro da capital, uma assembleia geral da categoria para decidir se decreta greve a partir da próxima semana, por causa da falta de uma contraproposta salarial por parte dos grupos patronais. “A partir desta segunda-feira vamos buscar acordos por empresa. A empresa que não negociar será paralisada”, afirma Miguel Torres, presidente do sindicato.
O prazo para a apresentação de uma proposta terminou ontem. Segundo o sindicato, além de não formalizarem uma contraproposta, os empresários querem tirar cláusulas sociais da convenção coletiva, que já são uma conquista da categoria, como a garantia de emprego aos acidentados no trabalho e portadores de doenças profissionais, além estabilidade para quem está perto da aposentadoria. Eles ainda querem reduzir o porcentual sobre as horas extras e não querem reduzir a jornada de trabalho, afirma o sindicato.
A categoria reivindica 10% de aumento salarial (reposição da inflação mais aumento real), piso salarial único, jornada de 40 horas semanais, estabilidade para os acidentados no trabalho e portadores de doenças profissionais, entre outros. A campanha salarial é unificada com outros 52 sindicatos metalúrgicos do Estado, filiados à Força Sindical, que representa cerca de 800 mil trabalhadores. A data-base da categoria é 1º de novembro.