Os metalúrgicos das fábricas de São José dos Campos e região vão iniciar uma semana de greve a partir desta segunda-feira. A decisão foi tomada há pouco em assembleia geral, em que os trabalhadores rejeitou as propostas patronais apresentadas na última sexta-feira, dia 16.

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De acordo com o sindicato, embora os “setores tenham avançado nas propostas, as conversas não foram ao encontro das reivindicações da categoria”. O segmento de autopeças pede aumento de 9,55% (inflação mais 2% de aumento real), enquanto as áreas de Fundição, Estamparia, Trefilação, Refrigeração e Laminação solicitaram 9,50% (inflação mais 1,9% de aumento real) e Eletroeletrônicos e máquinas, 9,25% (inflação mais 1,7% de aumento real).

Somente na TI Automotive, do setor de autopeças, houve um consenso entre trabalhadores e empregador. Com a pressão da greve iniciada pelos trabalhadores na última quinta-feira, dia 15, a companhia propôs 10,3% de reajuste salarial, sendo inflação mais 2,7% de aumento real, mais um abono de R$ 2.200.

Os metalúrgicos também conseguiram 90 dias de estabilidade no emprego e direito a eleger um delegado sindical. Dos quatro dias parados, somente um será descontado pela empresa.

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Segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos, na semana passada trabalhadores de 24 fábricas de São José dos Campos e região fizeram paralisações.

“Como não houve acordo com os patrões, as greves devem se estender para outras empresas e por tempo indeterminado”, informa a entidade por meio de nota.

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Luiz Carlos Prates, secretário-geral do sindicato, adianta que o movimento da semana passada foi só o começo. “Agora, os trabalhadores vão intensificar as mobilizações e partir para a greve. Não tem mais volta. Sem acordo, não vai ter produção”, afirma em comunicado.