Metalúrgicos da montadora Volkswagen, em São José dos Pinhais, aceitaram a proposta do sindicato patronal e encerraram a greve iniciada na quinta-feira da semana passada. Eles foram os últimos a aceitar a proposta; os funcionários da Renault/Nissan já haviam decidido voltar ao trabalho e, na Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), os trabalhadores não entraram em greve este ano.
Na Volks, a decisão só veio na assembléia realizada às 23h de quarta-feira. Trabalhadores do primeiro turno aprovaram, pela manhã, o acordo, enquanto os do segundo turno rejeitaram a proposta. A montadora alemã emprega cerca de 3,6 mil pessoas. Pelo acordo fechado, metalúrgicos tanto da Volks quanto da Renault/Nissan vão receber reajuste salarial de 7,44% em dezembro e R$ 1,5 mil de abono no dia 5 outubro. Na Volvo, a proposta aceita na semana passada foi de reajuste de 7,44% a partir de 1.º de novembro mais abono salarial de R$ 1 mil.
Em relação às 35 horas paradas – correspondentes a quatro dias de greve e três horas de protesto -, 11 delas serão abonadas pelas empresas e as 24 restantes serão compensadas ou descontadas em duas parcelas: metade no salário de outubro e metade em novembro. Na Volvo, as horas de paralisação foram abonadas.
Segundo estimativa do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), cerca de 6,5 mil veículos deixaram de ser produzidos nos quatro dias de greve. Na Volks, o salário médio é de R$ 1,6 mil e na Renault/Nissan cerca de R$ 1,4 mil.