Funcionários da Renault, em São José dos Pinhais, haviam decidido ontem paralisar e protestar por duas horas, a cada troca de turno. O objetivo era demonstrar a insatisfação com a suspensão do sindicalista Paulo Pissini, na última terça-feira. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) ameaçava que se até ontem a montadora não reintegrasse o funcionário, além de interromper as tarefas, a categoria iria acampar na porta da Renault. No entanto, a mobilização não foi necessária. No final da tarde de ontem, a empresa retirou a suspensão.
Segundo o SMC, ?além de sindicalista, membro da diretoria de base do SMC desde 1999, Pissinini é funcionário da Renault há mais de oito anos. Por isso, tem estabilidade de emprego garantida por convenção coletiva de trabalho?. O sindicato acusa a montadora de perseguição ao funcionário ?por este se posicionar a favor de seus colegas de trabalho nas mais diversas questões?. Por isso, eles afirmam que vão encaminhar, ao Ministério Público, denúncia sobre ?prática anti-sindical?.
Segundo o diretor do sindicato, Nelson de Souza, a Renault alega que suspendeu Pissini por má conduta. ?Porém, a gente sabe que ele está apenas representando o trabalhador como qualquer líder sindical. Não podemos aceitar essa situação de perseguição?, afirma. A Renault apenas informou que o funcionário havia sido afastado ?para apuração de falta grave?.