Foi encerrada na manhã desta quarta-feira (16) a greve nas fábricas da Renault, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba e da Volvo, na Cidade Industrial. Depois de um dia de paralisação, os 2,6 mil funcionários da Volvo decidiram voltar ao trabalho e os cinco mil trabalhadores da Renault voltaram às atividades após 12 dias. Já a Volkswagen, também em São José dos Pinhais, continua em greve.
Entretanto, a decisão de greve pelos trabalhadores da Volvo foi questionada pela empresa, que afirma que houve manipulação. Um vídeo mostra que os trabalhadores teriam votado contra a decisão de paralisação. Segundo a empresa, a maioria dos funcionários teria aceitado a proposta de reajuste, mas a assembléia terminou com a maioria dos metalúrgicos votando a favor da greve.
O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) Nelson Silva de Souza, contraria a afirmação da Volvo. “Eu estava lá e vi que todos concordaram com a decisão de entrar em greve. Não estou preocupado com o vídeo e sim com os trabalhadores”, declara.
Segundo Souza, os metalúrgicos só voltariam ao trabalhos depois que a empresa apresentasse uma proposta mais próxima das reivindicações dos trabalhadores. O acordo foi fechado com o com reajuste de 7,57%, abono de R$ 2 mil, elevação do piso para R$ 1.381,66 e garantia de emprego até o início de dezembro. O sindicato pedia reajuste de 8,62%, abono de R$ 2 mil, elevação do piso salarial para R$ 1,5 mil e garantia de estabilidade até o dia 31 de dezembro.
Renault concordou com o pedido dos trabalhadores e aceitou antecipar o reajuste de 8,62%, além do abono de R$ 2 mil já em setembro. Os 2 mil metalúrgicos da montadora voltaram às atividade às 6h desta quarta-feira.
Os trabalhadores da Volkswagen, que continuam parados, pedem 8,62% de e R$ 2 mil de abono para setembro e aumento do adicional noturno para 25%. A empresa oferece 6,53% de aumento.