Os metalúrgicos de Curitiba e região metropolitana iniciaram ontem as manifestações para tentar avançar nas negociações salariais com as empresas. Em protesto, eles atrasaram em cerca de duas horas as entradas dos turnos na Volvo, instalada na Cidade Industrial de Curitiba, e na Renault, de São José dos Pinhais, na região metropolitana, para participar de assembleias em frente às unidades.
Os metalúrgicos pedem 12% de aumento salarial, 15% de reajuste no piso e 50% a mais como abono. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e Região Metropolitana, na Volvo foi dado prazo de 48 horas para que a empresa apresente a primeira proposta.
As direções da empresa e do sindicato devem se reunir hoje à tarde e uma assembleia foi marcada para às 8h da manhã de sexta-feira, dia 17. Se a proposta não for do agrado dos trabalhadores, é possível que seja deflagrada greve por tempo indeterminado.
O sindicato informou que, além dos pedidos gerais, os trabalhadores da Volvo também querem novas faixas de cargos e salários, garantia de estabilidade para os dirigentes sindicais e aumento no valor do vale-mercado.
Na Renault/Nissan, a primeira proposta empresarial foi de 7% de reajuste salarial (4,29% de reposição da inflação e 2,60% de aumento real). Os trabalhadores solicitaram que os valores sejam revistos e apresentados em reunião com a direção do sindicato hoje pela manhã.
Assembleias devem ser realizadas na sexta-feira nas trocas de turno. O sindicato também ameaça com greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira. Ainda hoje pela manhã, os trabalhadores da Volkswagen realizarão assembleia em frente à fábrica em São José dos Pinhais.