Metalúrgicos da GM continuam parados em SP e pedem R$ 7 mil em 2ª parcela do PLR

Os trabalhadores da fábrica da General Motors (GM) em São José dos Campos, no interior de São Paulo, decidiram estender por mais 24 horas a paralisação que teve início nesta segunda-feira, 18. Em assembleia na manhã desta terça-feira, os metalúrgicos rejeitaram a proposta da empresa de R$ 5 mil como segunda parcela na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2015. O valor representa um aumento de R$ 750 ante a primeira oferta da companhia.

Renato de Almeida, secretário-geral do sindicato da categoria na cidade, afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, e a proposta dos trabalhadores é que o valor seja de R$ 7 mil. “Nós entendemos que o mercado está em crise, que teve queda na produção, mas, como houve demissões, quem ficou na fábrica trabalhou muito no decorrer do ano passado. Nada justifica querer reduzir o prêmio”, disse.

Em julho do ano passado, os funcionários da GM receberam R$ 8,5 mil referentes à primeira parcela do benefício de 2015. Dessa forma, o pleito da categoria é que a PLR chegue a R$ 15,5 mil no total, ao incluir no montante a segunda parcela de R$ 7 mil.

Em 2014, os metalúrgicos da GM receberam R$ 16,3 mil como participação nos lucros. “A nossa proposta já é uma redução em relação ao ano anterior. É um pedido correto, legítimo e democrático”, avaliou Almeida.

Uma nova assembleia está marcada para às 5h30 desta quarta-feira (20)e o sindicato afirma que a paralisação seguirá por tempo indeterminado até que a empresa apresente uma oferta considerada melhor pelos trabalhadores.

Procurada, a GM não quis se manifestar. Na segunda-feira, ao comentar a paralisação, a montadora citou em nota o encolhimento de 26% do mercado brasileiro de veículos como fator que “aprofunda ainda mais a deterioração da posição financeira da companhia”.

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