O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba aceitou o acordo proposto pelo mediador de negociações coletivas da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), Prince Ivo Szymanski, envolvendo as 3 mil empresas da base do Sindimetal (Sindicato da Indústria Metal-Mecânica do Paraná).
A proposta apresentada aos trabalhadores e patrões em mesa-redonda realizada na sexta-feira passada atende quatro dos sete itens da pauta de reivindicações dos metalúrgicos: incorporação de reajuste de 11% a título de antecipação salarial a partir de junho; garantia da reposição integral pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) na data-base, em dezembro; aplicação da multa rescisória de 40% do FGTS em caso de demissões, inclusive de aposentados; e garantia de estabilidade aos dirigentes sindicais.
A proposta sugerida pelo mediador na reunião convocada pelo sindicato não contemplou os pedidos de: redução da jornada de trabalho; garantia de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) mínima; e não contratação de trabalhadores temporários, com contratos por prazos determinados e terceirizados. “Vamos discutir esses pontos separadamente com as empresas durante o ano”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Sérgio Butka. O acordo sugerido pela DRT foi aprovado em 30 assembléias de trabalhadores durante a semana. O Sindicato dos Metalúrgicos deu prazo até segunda-feira para o Sindimetal, que representa cerca de 25 mil trabalhadores, se pronunciar.
O presidente do Sindimetal, Roberto Sotomaior Karam, informou que o fechamento do acordo será decidido em assembléia marcada para segunda-feira, às 8h30. “Concordamos com a antecipação das perdas e a garantia da data-base, mas a multa de 40% do FGTS e a estabilidade dos dirigentes sindicais serão discutidas na segunda-feira”, declarou. Para tratar da estabilidade sindical, o sindicato patronal aguardava uma relação dos diretores do sindicato, que só foi encaminhada na quinta-feira. A lista tem mais de cem nomes. “Se não chegarmos a uma conclusão até segunda, entendo que as negociações estão definitivamente encerradas”, afirmou. “As vendas caíram demais nos últimos meses. Temos que tomar cuidado para não assumirmos compromissos que as empresas não podem bancar.”
