Arquivo / O Estado

Campanha por salário melhor.

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Os trabalhadores das montadoras instaladas na Grande Curitiba se reuniram em assembléia ontem à noite, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, para discutir a pauta de reivindicações da campanha salarial. A data-base dos funcionários das montadoras é dia 1.º de setembro.

?Ainda esta semana deveremos entregar a pauta de reivindicações ao sindicato patronal (Sinfavea). Teremos um mês inteiro para negociar?, afirmou o primeiro secretário do sindicato, Jamil D?Avila. Entre as reivindicações dos trabalhadores estão o aumento real de salário – cujo índice não foi divulgado -, jornada de 40 horas semanais também para terceirizados, fornecedores e prestadores de serviço -atualmente, a jornada deles é de 44 horas semanais -, convênio médico para aposentados. A pauta contempla também o aumento do adicional de horas extras para 100% aos sábados (hoje é de 50%) e 150% aos domingos (atualmente é de 100%). ?Essa é uma tentativa de coibir as horas-extras e forçam as empresas para que contratem mais trabalhadores?, explicou D?Avila.

A pauta elaborada pelo sindicato solicita ainda que durante as férias coletivas, o feriado não conte como férias; que os trabalhadores já aposentados recebam 40% de multa do FGTS; convênio médico para aposentados e pensionistas; estabilidade de 30 dias pós-férias, entre outras reivindicações. A Participação de Lucros e Resultados (PLR) é discutida em outra oportunidade. Durante assembléia realizada ontem à noite, os trabalhadores também puderam incluir novos itens ou fazer alterações.

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Segundo Jamil D?Avila, a pauta deverá ser novamente votada hoje, em assembléia, nos portões das montadoras. Só depois disso será encaminhada ao sindicato patronal. No ano passado, a categoria conseguiu reajuste de 10,9%, incluindo o aumento real de 3,9%. O setor emprega cerca de 8,6 mil trabalhadores na Grande Curitiba.

PLR no ABC

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ligado à CUT, espera que os acordos com as empresas da região para pagamento de PLR (participação nos lucros e resultados) totalizem R$ 240 milhões neste ano. Até agora, os acordos já alcançaram R$ 203 milhões, segundo o presidente do sindicato, José Lopez Feijóo.

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Se as previsões de Feijóo se confirmarem, haverá uma evolução de 20% no pagamento de PLR em relação ao ano passado – quando os acordos somaram R$ 200 milhões. ?É possível chegar nos R$ 240 milhões. Na pior das hipóteses, os acordos totalizarão R$ 220 milhões?, afirmou ele.

?A PLR é um instrumento de distribuição da renda nacional que provoca impacto no comércio. É um grande volume de dinheiro que vai para o consumo, ajudando a aumentar a produção e a gerar mais empregos?, disse Feijóo.