As famílias de menor renda estão mais endividadas. Mais da metade (53%) das famílias paulistanas que ganham até três salários mínimos estão com dívidas em atraso, segundo estudo feito pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio).
O estudo foi feito com 2,1 mil consumidores na Grande São Paulo e revela que o número de famílias de baixa renda com problemas para pagar as dívidas tem subido nos últimos anos. Há um ano, 41% das famílias que ganham até três salários mínimos estavam com dívidas em atraso. Em dezembro de 2007, o número era menor: 34%.
A pesquisa da Fecomércio leva em conta vários tipos de dívidas, incluindo cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimos pessoais, compra de imóvel, prestação de carros e seguros.
Apesar do aumento do endividamento e das prestações em atraso, a pesquisa revela um dado surpreendente. Os consumidores das classes D e E não estão pagando as prestações em dia, mas acabam se acertando. Quando se mede o nível de inadimplência final, os indicadores estão em queda.
Em dezembro passado, 11,1% das famílias que ganham até três salários mínimos estavam inadimplentes. Em dezembro de 2008 esse número era maior: o calote chegava a 16,2% dos consumidores de baixa renda.