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Foto: Arquivo/Agência Brasil

Ministro Guido Mantega: falta estabelecer o porcentual.

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou ontem que o governo já decidiu manter o valor nominal da meta para o superávit primário do setor público em R$ 91 bilhões. De acordo com o ministro, entretanto, ainda será necessário fazer contas para saber a que porcentagem do PIB esse valor irá corresponder.

 Ele lembrou que no ano passado o superávit primário, com o novo PIB, foi de 3,88%, ante 4,3% na metodologia anterior. ?É possível que o superávit primário deste ano fique próximo aos 3,88% do ano passado?, disse Mantega. Ele explicou ainda que a manutenção da meta de 4,25% obrigaria o governo a fazer cortes de despesa entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões. ?Isso eliminaria projetos, programas de governo e reduziria as dotações orçamentárias dos ministérios?, afirmou. Para Mantega, a queda da relação dívida/PIB do setor público para 44,7%, com o novo PIB, abre espaço para se ter um superávit menor.

Sobre o Projeto Piloto de Investimentos (PPI), o ministro disse que o valor absoluto do programa será mantido e também a regra de se abater da meta do superávit os gastos do PPI. Mantega comentou ainda que o PPI em relação ao PIB certamente será menor do que o 0,5% projetado anteriormente com a nova metodologia do PIB.

PIB

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Mantega afirmou ainda que os dados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2006 mostram que nos últimos anos houve aumento da produtividade da economia brasileira. ?Se a economia cresce num determinado nível com investimento menor, o fato é que a produtividade cresceu?, disse Mantega, que destacou, no entanto, que os investimentos cresceram 8,7% no ano passado e devem crescer mais 10% este ano.

De acordo com ele, a trajetória de expansão nos investimentos mostra que o Brasil está crescendo com aumento na oferta, o que mostra um cenário tranqüilo para a inflação. ?O Meirelles não deve ficar preocupado com a inflação?, afirmou o ministro, mencionando também os dados que mostram que ainda há folga na utilização da capacidade instalada.

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