O Mercosul definiu hoje (11) que vai brigar com os Estados Unidos na reunião ministerial da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), marcada para o dia 1º de novembro, em Quito, no Equador, para evitar que o acordo final entre os 34 países seja um mosaico de acertos bilaterais.
A decisão foi tomada hoje, ao final da reunião do Grupo Mercado Comum (GMC), composto pelos principais negociadores do bloco. O Mercosul ainda aprovou sua agenda prioritária para a abertura de mercados para seus produtos, na qual incluiu a Índia, a Tailândia e os países da América Central e do Caribe.
Segundo o embaixador Clodoaldo Hugueney, subsecretário-geral de Assuntos de Integração, Econômicos e de Comércio Exterior do Itamaraty, o Mercosul definiu, por consenso que não cederá na defesa do princípio de que as ofertas de acesso a mercados apresentadas pelos países da Alca sejam destinadas a todos os demais parceiros.
O bloco defenderá, portanto, inclusão da chamada cláusula da ?nação mais favorecida? no texto da declaração ministerial de Quito. A tese se contrapõe totalmente à proposta dos Estados Unidos, que insistirão na possibilidade de a Alca ser o somatório de acertos bilaterais. ?Vemos a Alca como um sistema de regras de preferências comuns para todos os sócios, e não com base em acertos bilaterais entre os seus participantes? afirmou Hugueney.