O automóvel mais importante para a Mercedes-Benz, vitrine da marca no mundo por concentrar o que tem de mais avançado e disponível para produção em série em alta tecnologia automotiva, começa a ser vendido oficialmente no Brasil em dezembro.
Ao preço de US$ 265,9 mil (cerca de R$ 600 mil, equivalente a um apartamento de pequeno porte) o novo Classe S 500 L já tem 50 encomendas, quase a metade do que o grupo pretende vender durante todo o próximo ano.
“Até meados de 2014 já temos as unidades destinadas ao País vendidas”, diz o presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Philipp Schiemer. A previsão é de que as vendas alcancem de 100 a 120 unidades ao ano.
O sedã mais caro da marca é produzido em uma única fábrica do grupo na Alemanha, em Sindelfingen, na região de Stuttgart, onde está a sede da companhia especializada em veículos de luxo. No mundo todo, a expectativa de vendas é de 100 mil unidades no próximo ano, das quais 35 mil na China, maior cliente do modelo.
“O Brasil tem potencial para até 200 unidades ao ano, mas dependemos da disponibilidade da matriz”, afirma Schiemer. Os clientes potenciais são empresários, colecionadores e diplomatas.
A Classe S 500 L foi mostrada à imprensa na Alemanha em maio e as vendas começaram no mês passado. No Brasil, o lançamento foi inusitado. Para manter a tradição da exclusividade do carro, Schiemer levou um pequeno grupo de pessoas à sua residência na noite de quarta-feira, em um condomínio de luxo em São Paulo, onde o sedã com motor 4.6 biturbo estava exposto no jardim.
“O mercado da Classe S é pequeno, mas é importante para a imagem da marca, pois é o nosso melhor carro”, diz Schiemer. “Ele é muito especial e gostaríamos de celebrar esse momento”, afirmou o executivo, ao justificar a forma escolhida para apresentação do modelo.
Normalmente, as montadoras brasileiras levam a imprensa para hotéis, centros de convenção, espaços públicos ou à própria fábrica para mostrar suas novidades.
Novas tecnologias. Para o executivo alemão, o lançamento da S 500 tem sabor especial. Antes de ser indicado para presidir a filial brasileira, em junho, ele era vice-presidente de Marketing e Produto na Alemanha e participou do desenvolvimento da nova versão.
A Mercedes usa a Classe S para introduzir novas tecnologias no mercado, que depois são gradativamente adotadas nos demais modelos. É o automóvel em que a marca gasta mais dinheiro no desenvolvimento.
A nova versão, por exemplo, é a primeira de série no mundo com tecnologia LED integral, ou seja, não usa nenhuma lâmpada interna ou externamente. O automóvel tem um sistema de câmera e sensores de radar que oferece visão de 360 graus e detecta potenciais perigos na via, como a aproximação de pessoas e obstáculos, assim como valetas e lombadas. Tem ainda sistema de auxílio de estacionamento em vagas paralelas e transversais.
Massagem
Também no quesito segurança, é equipado com 11 airbags: frontais, laterais, de cortina e para proteção aos joelhos de motorista e passageiros, assim como no cinto de segurança, que evita ferimentos no corpo dos ocupantes em caso de uma colisão.
Já entre os itens de conforto, os bancos têm sistema de aquecimento e massageadores. Por ser muito procurado por executivos que circulam com motoristas, o banco direito traseiro pode ser inclinado, transformando-se em um assento executivo, como o de aviões.
Os equipamentos multimídia também são de última geração, como o GPS com mapa em 3 dimensões (3D).
Nos Estados Unidos, o carrão sai por cerca de US$ 100 mil (cerca de R$ 230 mil). “A diferença no Brasil é o imposto”, justifica Schiemer.
No primeiro semestre do próximo ano, a Mercedes vai lançar no Brasil a versão superesportiva do modelo, chamada de S 63 L AMG, ainda sem preço definido.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.