O mercado financeiro voltou a elevar a previsão para a inflação a ser apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010. De acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada hoje pelo Banco Central (BC), a expectativa para o índice no ano subiu de 5,18% para 5,29%, se distanciando ainda mais do centro da meta do governo para a inflação no ano, que é de 4,50%. Na mesma pesquisa, a estimativa para o IPCA em 2011 subiu de 4,74% para 4,80%.

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Em relação à inflação de curto prazo, a estimativa para o IPCA de abril subiu de 0,40% para 0,43%. Para maio, a projeção foi mantida em 0,35%. O dado do IPCA de abril deve ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 7 de maio.

A estimativa para a taxa básica de juros (Selic) para o fim de 2010 manteve-se em 11,25% ao ano. A estimativa para a taxa no fim de 2011 subiu de 11% ao ano para 11,25% anuais. O mercado também manteve a estimativa de que o início do processo de alta dos juros ocorra já neste mês, com aumento de 0,50 ponto porcentual na Selic, para 9,25% ao ano. Atualmente, a Selic está em 8,75% ao ano.

PIB

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A estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2010 apresentou melhora na pesquisa semanal Focus. No levantamento realizado junto a instituições financeiras, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou de um avanço de 5,52% para um crescimento de 5,60%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em um crescimento de 4,50%.

No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 subiu de 9% para 9,31%. Para 2011, a projeção para o desempenho da indústria permaneceu em alta de 5,00%.

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Câmbio e contas externas

Os analistas mantiveram a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. O nível da moeda norte-americana no fim de 2010 ficou em R$ 1,80. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana ficou em R$ 1,90. A previsão de câmbio médio no decorrer de 2010 permaneceu em R$ 1,82.

O mercado financeiro também manteve as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano continuou em US$ 50 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos seguiu em US$ 60 bilhões.

Já a previsão de superávit comercial em 2010 manteve-se em US$ 10 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial caiu de US$ 4,50 bilhões para US$ 3,54 bilhões.

Analistas mantiveram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010 em US$ 38 bilhões. Para 2011, a estimativa para o IED permaneceu inalterada em US$ 40 bilhões.