A semana começa tensa para o mercado financeiro. O dólar comercial chegou ao final dos negócios, ontem, em alta. A moeda teve ganho de 0,30% em relação ao fechamento de sexta-feira, cotada a R$ 2,941 para compra e a R$ 2,943 para venda. A Bovespa recuou 0,30%, para 21.786 pontos. Enquanto isso, o risco Brasil disparou 7,7% para 531 pontos. No final da tarde, o C-Bond, principal título da dívida externa, caiu 1,78%, para 96,25% do valor de face.

O temor de que o fluxo de investimentos estrangeiros para o Brasil seja reduzido afetou os negócios. Ontem, um comunicado da Standard & Poor?s levou ainda mais pessimismo ao mercado. Segundo o informe, a América Latina deve liderar o número de downgrades (rebaixamento) da classificação de dívida soberana em 2004.

O mercado já estava abalado por preocupações quanto ao futuro das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), a autoridade monetária dá sinais de que os juros não devem cair tão cedo. Nos EUA, o Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) mostrou estar disposto a elevar os juros em breve. A medida reduziria o interesse de estrangeiros em títulos de países emergentes como o Brasil, que pagam taxas altas para atrair investimentos.

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