O mercado financeiro reduziu a previsão para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010, segundo a pesquisa semanal Focus, divulgada hoje pelo Banco Central (BC). De acordo com o levantamento, a expectativa para a alta de preços acumulada ao fim do ano caiu de 5,45% para 5,42%, ainda em um patamar acima do centro da meta de inflação para o ano, que é de 4,50%. Na mesma pesquisa, a estimativa para o IPCA em 2011 continuou em 4,80%.
Para a inflação de curto prazo, o mercado reduziu de 0,23% para 0,20% a previsão para o IPCA de julho, que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 6 de agosto. Já para a inflação de agosto, o mercado elevou de 0,34% para 0,35% a previsão.
Juros e PIB
O mercado financeiro manteve a previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia) para o fim de 2010 em 12% ao ano. Já a projeção para a taxa no fim de 2011 permaneceu em 11,75% ao ano. O mercado também manteve a previsão de que, na reunião desta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumente em 0,75 ponto porcentual a Selic.
A estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2010 não sofreu alteração. A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano ficou em 7,20%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em um crescimento de 4,50%. No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 subiu de 11,91% para 12,12%. Para 2011, a projeção para o avanço da indústria permaneceu em 5,00%.
Câmbio e contas externas
Os analistas mantiveram a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. O nível da moeda norte-americana no fim de 2010 seguiu em R$ 1,80. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana permaneceu em R$ 1,85. A previsão do câmbio médio no decorrer de 2010 seguiu em R$ 1,80.
O mercado financeiro alterou as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano subiu de US$ 47,23 bilhões para US$ 47,46 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos subiu de US$ 58 bilhões para US$ 60 bilhões.
Já a previsão de superávit comercial em 2010 avançou de US$ 15,71 bilhões para US$ 16,00 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial caiu de US$ 7,83 bilhões para US$ 7,81 bilhões. Analistas reduziram ainda a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010 de US$ 34,65 bilhões para US$ 34,30 bilhões. Para 2011, a estimativa para o IED permaneceu em US$ 40 bilhões.