Rio ( AG) – O mercado reduziu mais uma vez a previsão de inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador usado no sistema de metas de governo, de acordo com a pesquisa semanal do Banco Central (BC) com analistas de cerca de cem instituições financeiras divulgada ontem. O prognóstico foi reduzido de 6,16% para 6,05%. Para o IPCA de junho, o corte na projeção foi ainda maior: de 0,30% para 0,17%. Embora ainda esteja acima da meta ajustada de inflação para este ano (5,1%), a projeção dos bancos vem sendo reduzida há seis semanas.
O corte nas expectativas de inflação foi um dos motivos para o Comitê de Política Monetária (Copom) interromper há duas semanas a seqüência de altas na taxa básica de juros da economia, a Selic, iniciada em setembro. O mercado espera que a taxa básica de juros, que está em 19,75% ao ano, caia para 18% no fim de 2005. É a sétima semana seguida de manutenção desta aposta.
Por outro lado, os economistas dos bancos voltaram a reduzir o prognóstico de crescimento da economia este ano. A projeção caiu de um avanço de 3,10%, há uma semana, para 3%, hoje. Para o ano que vem, a expectativa é a mesma há oito semanas: crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, a soma das riquezas geradas pelo País) de 3,50%.
A projeção de crescimento do superávit da balança comercial também foi mantida: US$ 35 bilhões, o mesmo prognóstico há seis semanas. Para o ano que vem, a expectativa de saldo comercial cresceu pela segunda semana seguida: de US$ 29,04 bilhões para US$ 29,33 bilhões.