Mercado reduz estimativas de crescimento

O mercado financeiro fez uma significativa revisão para baixo de sua previsão de crescimento da economia brasileiro após o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciar na semana passada que a economia brasileira encolheu 1,2% no terceiro trimestre.

Segundo o boletim Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central a partir de consultas a mais de cem instituições financeiras, o PIB (Produto Interno Bruto) deve crescer apenas 2,66% neste ano. Até a semana passada, esses mesmos analistas previam crescimento de 3%. Já há cinco semanas, a estimativa média alcançava 3,31%.

As expectativas mais pessimistas devem-se à desaceleração registrada pela indústria e pela agropecuária nos últimos meses, que levaram a uma queda acima das expectativas do PIB no terceiro trimestre.

De acordo com o boletim, a previsão para o crescimento da produção industrial também caiu e passou de 3,56% para 3,51%.

O mercado, entretanto, não espera que a economia brasileira entre em um período de recessão. Para 2006, a expectativa de crescimento foi mantida em 3,5%.

Já a projeção em relação ao superávit comercial – saldo positivo entre exportações e importações – subiu mais uma vez. Os analistas esperam um saldo positivo de US$ 43 bilhões neste ano, ante US$ 42,76 bilhões da previsão da semana anterior.

Inflação

A meta de inflação do próximo ano será praticamente cumprida, segundo as expectativas dos analistas do mercado financeiro, que esperam um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 4,51% em 2005 – a meta é de 4,5%. Para este ano, o Banco Central trabalha com um objetivo de 5,1% e a previsão do boletim Focus está em 5,63%, contra 5,59% da pesquisa anterior.

A previsão para o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) deste ano teve uma leve alta, passando de 1,47% para 1,49%. Para o IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado), a expectativa passou de 1,47% para 1,56%. Para 2006, a previsão para os dois índices é de 4,7%.

Sobre a taxa de juros, os analistas esperam um corte de meio ponto percentual na taxa básica de juros da economia. Neste caso, a taxa Selic encerrará o ano em 18% ao ano – hoje está em 18,5% ao ano.

Até o final de 2006, a previsão é que ela chegue a 15,5% ao ano em dezembro.

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