O mercado financeiro elevou a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, segundo a pesquisa semanal Focus, divulgada hoje pelo Banco Central (BC). A estimativa de crescimento da economia brasileira neste ano passou de 7,34% para 7,42%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em 4,50%.
Já a expectativa para a alta de preços acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano recuou de 5,07% para 4,97%, ainda em um patamar acima do centro da meta de inflação para 2010, que é de 4,50%. Também na pesquisa Focus, a estimativa para o IPCA em 2011 teve um ajuste para cima, de 4,85% para 4,90%.
No caso da inflação de curto prazo, o mercado subiu de 0,36% para 0,37% a previsão para o IPCA de setembro. Para a inflação de outubro, houve leve alta de 0,43% para 0,44% nas previsões, de acordo com a Focus. Já a estimativa para a produção industrial em 2010 recuou de 11,37% para 11,34%. Para o ano que vem, a projeção para a expansão da indústria segue em 5%.
Juros e dólar
De acordo com a pesquisa Focus, a previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia) para o fim do ano continuou em 10,75% ao ano. Já a projeção para a taxa no fim de 2011 subiu de 11,50% para 11,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano.
Os analistas também fizeram um ajuste para o patamar do dólar no fim do ano. A taxa de câmbio esperada para o fim de dezembro passou de R$ 1,79 para R$ 1,77 por dólar. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana passou de R$ 1,83 para R$ 1,81. A previsão do câmbio médio no decorrer de 2010 seguiu em R$ 1,79 e do câmbio médio de 2011 passou de R$ 1,81 para R$ 1,80.
Contas externas
O mercado financeiro manteve as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano é de US$ 50 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos subiu de US$ 58 bilhões para US$ 59,9 bilhões.
Já a previsão de superávit comercial em 2010 permaneceu em US$ 15 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial subiu de US$ 8,68 bilhões para US$ 9,56 bilhões. Analistas não alteraram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010, de US$ 30 bilhões. Para 2011, a previsão passou de US$ 38 bilhões para US$ 38,2 bilhões.