Os analistas do mercado financeiro esperam por uma inflação bem próxima a que é perseguida pelo Banco Central. Para eles, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) encerrará o ano em 5,2%, contra 5,23% da previsão anterior. O governo trabalha com uma meta de 5,1%. A informação está contida no boletim Focus, editado pelo Banco Central e distribuído todas as segundas-feiras.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado também teve um leve recuo, passando de 4,85% para 4,8%, o quarto consecutivo. A meta de inflação em 2006 é de 4,5%.
Apesar de prever uma inflação mais baixa, o mercado manteve a previsão de um corte menor na taxa básica de juros da economia, a Selic, para este mês. A previsão é de um corte de apenas 0,25 ponto percentual, que hoje está em 19,75% ao ano.
O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC realiza nesta semana sua reunião mensal.
Para o final do ano, os analistas esperam que a Selic recue para 18%, segundo o boletim Focus.
A previsão para o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) recuou de 2,36% para 1,61%. Para o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), a expectativa passou para 1,65% – era de 2,17%.
Sobre o crescimento da economia, a expectativa ficou praticamente estável, passando de 3,2% para 3,21% para 2005. No ano passado, a economia teve um crescimento de 4,9%.
Já a previsão para o crescimento da produção industrial registrou um recuo e passou de 4,48% para 4,18%.
As expectativas em relação ao superávit comercial – saldo positivo entre exportações e importações sofreu uma nova elevação. Os analistas esperam um saldo positivo de US$ 40,5 bilhões neste ano, contra US$ 40 bilhões do levantamento anterior. No ano passado, o saldo comercial ficou positivo em US$ 33,696 bilhões.
Ainda de acordo com o boletim Focus, o mercado passou de R$ 2,46 para R$ 2,45 a cotação esperada para o dólar até o final do ano. Para o final deste mês, os analistas esperam que moeda norte-americana termine cotada a R$ 2,35.